Indústrias culturais e criativas como facilitadoras da inclusão social: boas práticas

O desenvolvimento de qualquer investigação pressupõe a existência de algo que nos inquieta e nos induz curiosidade e este trabalho não constitui uma exceção. Assim sendo, formulou-se como objetivo de investigação: observar a relação entre a cultura, a criatividade, e a arte e os fenómenos de inclusã...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Pina, Ana Maria Varela Semedo de (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2016
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10071/10597
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/10597
Description
Summary:O desenvolvimento de qualquer investigação pressupõe a existência de algo que nos inquieta e nos induz curiosidade e este trabalho não constitui uma exceção. Assim sendo, formulou-se como objetivo de investigação: observar a relação entre a cultura, a criatividade, e a arte e os fenómenos de inclusão social, tendo como base de estudo, as Indústrias Culturais e Criativas. Para tal, foi utilizado uma metodologia qualitativa de natureza descritiva e exploratória, com aplicação de entrevistas semiestruturadas. De acordo com os relatórios do Banco Mundial e da própria Comissão Europeia, as indústrias criativas estão entre os setores mais dinâmicos do comércio internacional. Apesar da crise, entre 2002 e 2008, as indústrias criativas continuaram sua expansão e tiveram uma taxa média de crescimento de 14%. O Banco mundial contabilizou em 2003 um PIB de 7% da responsabilidade das ICCs, com previsões de aumento na ordem dos 10% ao ano. A OCDE refere-se às ICCs como o setor que lidera o crescimento com taxas que variam entre 5 a 20% crescimento nos países da OCDE. No Reino Unido por exemplo as ICCs empregam 1, 3 milhões de pessoas. O mesmo relatório da OCDE indica que as ICCs são também uma oportunidade para países em vias de desenvolvimento embora nem todos estes países tenham reconhecido o seu potencial. Nos países em desenvolvimento onde a exclusão social tem uma relação forte com os índices de criminalidade e há pouca mão-de-obra qualificada, ampliar escolhas no setor cultural pode atrair jovens. Procurando obter luz sobre o potencial das indústrias culturais e criativas como facilitadoras de processos de inclusão social, realizei o estudo de dois casos considerados referências na inclusão social, bem como entrevistas a entidades com experiências quer no campo social quer no campo cultural e criativo.