| Resumo: | O referencial normativo ISO 9001:2008 foi exaustivamente revisto, e em Setembro de 2015 a nova versão da norma é publicada. Neste sentido, as organizações com Sistemas de Gestão da Qualidade implementados, e a partir de 2015 tiveram um novo desafio pela frente, o qual passou por adaptar os seus sistemas de gestão à nova versão da norma. Esta dissertação pretende fornecer um breve resumo histórico da evolução da norma ISO 9001, com comparação das versões existentes, apresentar um conjunto de análises estatísticas, qualitativas e quantitativas, sobre as principais alterações na transição dos referenciais ISO 9001:2008 para ISO 9001:2015, com vista a identificar as principais dificuldades/impactos na transição do referencial normativo, entre as organizações portuguesas e as restantes organizações mundiais e, concluir sobre a perceção mundial do processo de transição da norma ISO 9001:2015. O design de investigação seguiu uma abordagem por métodos mistos (Mixed Methods), isto é, foram adotados métodos qualitativos e quantitativos em diferentes fases do processo de investigação neste estudo. Numa primeira fase foi recolhida informação suportada numa profunda revisão bibliográfica. Esta fase permitiu definir e listar os itens a serem avaliados quantitativamente, numa fase subsequente, através de recolha de informação por dois questionários (um para resposta por parte dos Gestores da Qualidade e outro para resposta por parte de Consultores/Auditores) disponibilizados online, aos quais os respondentes puderam aceder através de um link enviado por email. Apesar das alterações profundas e substanciais que a norma ISO 9001 apresentou na versão de 2015, verificou-se que o processo de transição decorreu, em geral, de forma muito positiva e sem grandes entraves para as organizações. É de destacar que 50% dos respondentes classificaram o grau de complexidade do processo de transição, assim como o impacto dos novos princípios de gestão da qualidade no processo de transição, com o nível de moderado. Adicionalmente, constatou-se que não existiram diferenças significativas entre as regiões geográficas no processo de transição dos referenciais e entre as ferramentas utilizadas no mesmo, salientando-se que grande parte das ferramentas eram de simples aplicação e compreensão.
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