O valor da perceção individual do risco na prevenção de acidentes de trabalho na Indústria Metalomecânica

Observar como os trabalhadores percebem os riscos associados ao ambiente de trabalho no qual estão inseridos, constitui um elemento fundamental para qualquer organização que objetive uma melhoria significativa da Gestão da Prevenção. A Gestão da Prevenção surge assim como uma ferramenta ideal para a...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Guia, Ilda Preciosa de Castro (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2017
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/11110/1308
País:Portugal
Oai:oai:ciencipca.ipca.pt:11110/1308
Descrição
Resumo:Observar como os trabalhadores percebem os riscos associados ao ambiente de trabalho no qual estão inseridos, constitui um elemento fundamental para qualquer organização que objetive uma melhoria significativa da Gestão da Prevenção. A Gestão da Prevenção surge assim como uma ferramenta ideal para a implementação de medidas preventivas que visam dotar as instituições de meios de gestão estruturados, capazes e que alavanquem a melhoria contínua da Gestão da Segurança e Saúde Ocupacional. A presença de um determinado risco no local de trabalho não designa que o mesmo seja percecionado, interpretado e compreendido de forma análoga por todas as partes interessadas da organização. Investigar e analisar a perceção do trabalhador sobre os riscos do seu ambiente de trabalho como parte integrante das causas dos acidentes de trabalho, possibilita a adoção de medidas administrativas específicas para promover a prevenção e cuja repercussão assenta na redução da ocorrência de acidentes de trabalho. O estudo comparativo entre trabalhadores de diferentes géneros, sinistrados/não sinistrados, com diferenciadas habilitações literárias, idades e categorias profissionais, permitiu averiguar a existência ou não, de uma relação entre a perceção dos riscos dos trabalhadores e ocorrência de acidentes de trabalho. Contextualizar a segurança, a cultura e clima de segurança, saúde ocupacional, o processo de gestão do risco e a perceção do risco na sua origem, esclarecer conceitos e entender a existência de distintas formas de interpretação para o risco, foram alguns dos aspetos estudados e desenvolvidos ao longo do presente trabalho. Da análise resultou que a perceção individual que os inquiridos detêm face ao risco ergonómico e ao risco mecânico possui um caratér expressivo, ou seja, pode influenciar a ocorrência de acidentes de trabalho. No entanto, constatou-se que a perceção individual que os inquiridos possuem em relação aos restantes riscos estudados, nomeadamente o risco químico, biológico e físico não constitui um fator influente na ocorrência de acidentes de trabalho.