Resumo: | São, desde há muito, bem conhecidas as consequências negativas da existência de pontes térmicas na envolvente de edifícios. As pontes térmicas agravam o risco da ocorrência de condensações superficiais e do desenvolvimento de bolores nos paramentos interiores da envolvente dos edifícios, assim contribuem, pela sua própria natureza de caminho privilegiado de transmissão de calor, para um agravamento das perdas térmicas para o exterior, o que poderá conduzir a um maior consumo de energia para aquecimento. Com a intenção de evitar essas implicações negativas, têm vindo a ser concebidas correcções, que introduzem uma muito reduzida ou nula melhoria do comportamento térmico do edifício e que, com frequência, dão origem a novas anomalias construtivas que poderemos designar por anomalias de segunda geração. Com objectivo de propor soluções que contribuam, simultaneamente, para minimizar o fenómeno de ponte térmica e resolvam eventuais anomalias de outra natureza, foi levado a cabo um estudo (1), na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, do qual se apresentam aqui alguns resultados. Foi dada uma particular atenção às situações de alvenaria não confinada, com tentativas de correcção com forras cerâmicas exteriores, solução que se vulgarizou após a entrada em vigor do RCCTE:
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