Summary: | Ao longo desta investigação é realizada uma avaliação e comparação compreensiva, segundo a perspectiva de um investidor europeu, dos benefícios inerentes à diversificação de carteiras a nível regional em comparação com a diversificação internacional. Analisa-se os benefícios que o investidor obtém em deter uma carteira regional de activos (activos pertencentes à União Europeia) em comparação aos benefícios de deter uma carteira global de activos (activos pertencentes a outros mercados financeiros que não o Europeu). Esta avaliação é feita com base em índices sectoriais e de acordo com o seu nível de performance. O período da amostra foi dividido em dois subperíodos, pré-crise financeira (1999 a 2006) e o período de crise (2007 a 2012). De acordo com a análise gráfica realizada, podemos afirmar que independentemente do sector em que o investidor decida investir, a diversificação internacional proporciona maior nível de benefícios para o investidor. Excepção feita para o sector de baixa performance, onde a carteira regional apresenta melhorias significativas a nível de benefícios para o investidor. A nível dos “spanning tests”, para o sector de alta e média performance, existe evidência forte de que a carteira regional apresenta um maior nível de benefícios para o investidor, excepção feita para o período de crise considerado, onde a diversificação internacional apresenta maiores níveis de benefícios para o investidor. No sector de baixa performance a carteira regional proporciona, independentemente do período em análise, maiores benefícios em relação à diversificação internacional. A nível das medidas de diversificação analisadas, para o sector de alta performance, quando não são consideradas restrições ao investimento, a carteira global oferece um benefício adicional ao investidor, no entanto, quando consideradas restrições ao investimento o inverso acontece. Nos sectores de média e baixa performance, na presença ou não de restrições ao investimento, a carteira global é a que proporciona benefícios adicionais ao investidor. Ao observarmos os dois subperíodos, concluímos que, para qualquer um dos três sectores de performance, com ou sem restrições ao investimento, o investidor não obtém qualquer benefício adicional se incorporar na sua carteira activos financeiros pertencentes a outros mercados que não o europeu, com excepção para o sector de média performance no período de 1999 a 2006, onde a carteira global aparece com um benefício superior para o investidor.
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