RELAÇÃO ENTRE A PROGRESSÃO PONDERAL DOS PREMATUROS NAS PRIMEIRAS SEMANAS DE VIDA E O DESENVOLVIMENTO DE RETINOPATIA DA PREMATURIDADE GRAVE

Introdução: A Retinopatia da prematuridade (ROP) é uma doença vasoproliferativa que afecta crianças prematuras. Têm sido desenvolvidos vários algoritmos para tentar identificar o risco dos prematuros desenvolverem ROP com necessidade de tratamento (ROP grave), como o algoritmo WINROP, baseado na rel...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Mota, Mafalda Sofia Benavente (author)
Format: article
Language:por
Published: 2017
Subjects:
Online Access:https://doi.org/10.48560/rspo.10253
Country:Portugal
Oai:oai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/10253
Description
Summary:Introdução: A Retinopatia da prematuridade (ROP) é uma doença vasoproliferativa que afecta crianças prematuras. Têm sido desenvolvidos vários algoritmos para tentar identificar o risco dos prematuros desenvolverem ROP com necessidade de tratamento (ROP grave), como o algoritmo WINROP, baseado na relação entre a má progressão ponderal e os baixos níveis de IGF-1. Objectivo: Avaliar se o ganho de peso nas primeiras 6 semanas após o nascimento, em crianças prematuras com ROP, influencia o desenvolvimento de ROP grave. Material e Métodos: Estudo retrospectivo, com revisão dos processos de todos os prematuros com diagnóstico de ROP, nascidos no Hospital Professor Dr. Fernando Fonseca, entre Janeiro de 2005 e 2015. Foi registado o peso dos prematuros semanalmente e analisado o ganho de peso às 2, 4 e 6 semanas, assim como a incidência de ROP, estadio e tipo de tratamento efectuado. Resultados: Foram incluídos 150 olhos, dos quais 38 tiveram ROP grave (112 com regressão espontânea da retinopatia). O peso ao nascer foi significativamente mais baixo nos prematuros que desenvolveram ROP grave (p=0,008). O ganho de peso às 2ª, 4ª e 6ª semanas não foi diferente entre os dois grupos analisados (p=0,057, p=0,201 e p=0,169, respectivamente), sendo inclusivamente maior nos prematuros com ROP grave na 2ª e 4ª semanas. Conclusão: Contrariamente a outros estudos, não se observaram diferenças no ganho de peso nas primeiras semanas de vida entre os dois grupos estudados. Assim,  o algoritmo WINROP, já validado para a população sueca e americana, poderá não se adequar perfeitamente à população portuguesa.