Considerações da fase de execução a atender na elaboração de projetos de reabilitação de edifícios antigos

As intervenções de reabilitação de edifícios antigos são maioritariamente tratadas com práticas similares às de construção nova. No entanto, na reabilitação de edifícios antigos existem constrangimentos e especificidades onde se constatam inúmeras diferenças face à construção nova. São exemplo os es...

ver descrição completa

Detalhes bibliográficos
Autor principal: Oliveira, Rui (author)
Outros Autores: Sousa, Hipólito (author)
Formato: conferenceObject
Idioma:por
Publicado em: 2018
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10198/16940
País:Portugal
Oai:oai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/16940
Descrição
Resumo:As intervenções de reabilitação de edifícios antigos são maioritariamente tratadas com práticas similares às de construção nova. No entanto, na reabilitação de edifícios antigos existem constrangimentos e especificidades onde se constatam inúmeras diferenças face à construção nova. São exemplo os espaços disponíveis de estaleiro, tráfego local, caraterísticas dos edifícios vizinhos, condições de acessibilidade e de mobilidade, entre outros. Por outro lado, existem temáticas que têm interesse na gestão em fase de obra de reabilitação e que são frequentemente descurados em projeto, tais como as quantidades e ritmos de mão-de-obra especializada, necessidades de acompanhamento técnico, propensão para eventuais riscos ligados a imprevistos, e outros à ocorrência de trabalhos arqueológicos, necessidades de realojamentos de ocupantes, gestão de resíduos de construção e demolição, etc. Ponderar estes aspetos em projeto de forma articulada com as reais necessidades dos edifícios a intervir, permite auxiliar diversos intervenientes na fase de execução, contribuindo assim para minimizar perdas de produção, reduzir derrapagens de prazos e inverter frequentes acréscimos de custos. Pretende-se divulgar neste artigo parte de uma metodologia de gestão desenvolvida no âmbito de um doutoramento, direcionada para o apoio em intervenções de reabilitação de edifícios antigos. Esta metodologia envolve diversas considerações agrupadas por áreas ligadas à “envolvente e localização”, “conceção”, “execução e estaleiro” e “custos”, agregando 50 subindicadores. As práticas descritas em cada subindicador estão graduadas por práticas mais e menos sustentáveis comparativamente a práticas correntes ou convencionais. Os resultados do estudo demonstram a pertinência de considerar em projeto práticas ligadas à execução e o seu auxílio na gestão da construção, mesmo que não impostas por legislação. Estas práticas, se respeitadas, auxiliam diversos intervenientes na área da reabilitação de edifícios antigos, contribuindo em conjunto para o sucesso da gestão destes empreendimentos.