Resumo: | A crise financeira de 2008 originou um vasto aumento do desemprego em muitos países europeus, sendo as principais consequências de cariz económico e social. As transformações daí resultantes implicaram alterações na vida dos indivíduos e das suas famílias, uma vez que o desemprego afetou fortemente a entrada dos jovens no mercado de trabalho e o modo de vida das pessoas mais idosas, obrigando a uma adaptação e restruturação do núcleo familiar. Por conseguinte, a presente dissertação tem como objetivo estudar os quotidianos de famílias consideradas na classificação de geração sanduíche, com responsabilidades familiares para com os pais idosos e os filhos adultos, não economicamente autónomos. Aqui, a articulação entre família e trabalho pode adquirir contornos difíceis de conciliar em termos de qualidade de vida e nível de bemestar. O atual fenómeno resulta de dois grandes fatores, o aumento da esperança de vida e da baixa natalidade. Fazendo assim uma apropriação do termo utilizado pelo autor H. Michael Zal na sua obra dos anos 90, a presente dissertação visa abordar os constrangimentos vividos pelas diferentes gerações, seja decorrentes da atual crise económica e consequentes níveis de desemprego, seja pelas resultantes dinâmicas demográficas, transformações da vida privada e dos papéis de género
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