Resumo: | Objetivos: Este estudo tem como principal objetivo determinar se a extração do canino decíduo altera a erupção e a posição do canino permanente e qual o ângulo eruptivo que o canino tem, de acordo com a idade cronológica do paciente, aquando do ocorrer da erupção. Materiais e métodos: O estudo consistiu de uma análise de radiografias panorâmicas de 40 pacientes, 5 com extração profilática unilateral do canino decíduo e 35 sem extração, em dois momentos de avaliação. Analisou-se um total de 80 radiografias com um intervalo de 1 a 3 anos entre a primeira e a segunda radiografia de cada paciente. Resultados: A amostra é constituída por 40 crianças, 52,5% do género feminino e 47,5% do género masculino. Observou-se a erupção de 61,3% e a impactação unilateral de 3,8% dos caninos, os restantes apenas alteraram de posição. Os retidos apresentavam ângulos de 25,5º a 40,5º com distâncias de 17 a 22 mm. Os erupcionados apresentavam ângulos de 1º a 33º com distâncias de 4 a 31 mm. Não houve associação entre a extração do canino decíduo e a alteração da posição do canino permanente (p=1.000) nem na erupção (p=0,37). Conclusão: A previsão da erupção ou da impactação do canino permanente baseado nas medidas da radiografia panorâmica não foi um bom preditor. Embora, quanto maior a angulação e a distância, maior a probabilidade de impactação futura. A extração do canino decíduo não influenciou a erupção do canino permanente. Não se conseguiu prever a retenção ou erupção dos caninos de acordo com a angulação e a idade cronológica.
|