Summary: | Nas últimas décadas muito se tem investigado e muitos estudos têm sido feitos pelos responsáveis do poder político, em termos de educação, no sentido de promover a leitura e combater a iliteracia. A leitura está na ordem do dia e, de facto, nunca se falou tanto em livros, bibliotecas, leitura e leitores. Nos nossos tempos, a leitura apresenta quase um carácter meramente utilitário, lendo-se porque se é obrigado, sendo a leitura não um fim, antes um meio de sobreviver num mundo onde as letras estão por todo o lado. Com efeito, aprende-se a ler, porém não se gosta de ler. Parece existir alguma procura para se estar minimamente informado, no entanto, a leitura como fonte de conhecimento não atrai a grande maioria dos leitores. Ora, a escola tem um papel fundamental na formação de leitores competentes, reflexivos, críticos e autónomos. Todavia, a escola, por si só, não pode formar o tipo de leitores supracitados. A família, um lugar de primeira socialização, tem, obrigatoriamente, que participar na educação dos seus filhos/educandos e, obviamente, na formação de leitores. Numa perspectiva abrangente, que vai muito para além do processo de aquisição das competências de leitura, a formação de leitores torna-se uma responsabilidade partilhada entre pais, professores e bibliotecários, ou seja, é determinante que tudo aconteça dentro do triângulo “família – escola – biblioteca”. Foi, nesse sentido, e tentando que as famílias possam interagir com a escola, que nasceu a nossa Comunidade de Leitores, cerne da nossa dissertação, que terá um espírito o mais democrático possível ao envolver a comunidade educativa e as famílias dos nossos alunos. “As vinte razões para ler”, com algumas adaptações, feitas por nós, da fundação Germán Sánchez Ruipèrez de Salamanca, serviram de base às actividades a desenvolver.
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