Convento da Conceição de Beja: arquitectura num período de transição

Em 1459, os infantes D. Fernando e D. Beatriz, duques de Beja, fundaram o Convento da Conceição da mesma cidade, um convento de clarissas situado mesmo ao lado do Paço dos Infantes. Construído entre os séculos XV e XVI, o edifício contou com campanhas de obras abrangendo o reinado de D. Afonso V, de...

ver descrição completa

Detalhes bibliográficos
Autor principal: Martins, Nicole Alexandra Faias (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2020
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10362/93874
País:Portugal
Oai:oai:run.unl.pt:10362/93874
Descrição
Resumo:Em 1459, os infantes D. Fernando e D. Beatriz, duques de Beja, fundaram o Convento da Conceição da mesma cidade, um convento de clarissas situado mesmo ao lado do Paço dos Infantes. Construído entre os séculos XV e XVI, o edifício contou com campanhas de obras abrangendo o reinado de D. Afonso V, de D. João II e D. Manuel I, envolvendo soluções características de cada um dos períodos. Tendo sido caracterizado como devedor do gótico batalhino, o convento é referido na historiografia como local de diversos elementos arquitectónicos inovadores. Aquilo que pretendemos perceber é que inovação é esta e quais as repercussões da mesma na arquitectura da época, nomeadamente no chamado “estilo manuelino”. Assim, desenvolveu-se uma leitura crítica da historiografia do manuelino, linguagem arquitectónica em emergência neste período de transição. Procedeu-se também a uma análise dos aspectos fundacionais e da construção primitiva do convento, aliada à observação de registos documentais, fotográficos, e do que resta do edifício após as demolições de que foi alvo no século XIX. Com isto, o nosso objectivo é compreender de que forma é que o convento da Conceição de Beja esclarece as problemáticas da arquitectura manuelina e, em última instância, qual é o lugar desta construção na arquitectura de transição entre o século XV e XVI.