Ingestão de cálcio e vitamina D numa amostra urbana de mulheres portuguesas

Introdução: A ingestão alimentar de cálcio e a de vitamina D, bem como a sua utilização na forma de suplementos, têm sido investigadas sobretudo enquanto determinantes de um importante número de patologias crónicas. O conhecimento da exposição populacional a estes nutrientes pode fornecer informaçõe...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Lucas,Raquel (author)
Other Authors: Costa,Lúcia (author), Barros,Henrique (author)
Format: article
Language:por
Published: 2005
Subjects:
Online Access:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-34132005000100001
Country:Portugal
Oai:oai:scielo:S0871-34132005000100001
Description
Summary:Introdução: A ingestão alimentar de cálcio e a de vitamina D, bem como a sua utilização na forma de suplementos, têm sido investigadas sobretudo enquanto determinantes de um importante número de patologias crónicas. O conhecimento da exposição populacional a estes nutrientes pode fornecer informações para decisões preventivas. Neste estudo apresentam-se os valores de ingestão alimentar de cálcio e de vitamina D por mulheres da cidade do Porto e determina-se a prevalência de mulheres com ingestão inferior às recomendações europeias actuais. Métodos: Foi avaliada uma amostra de 1456 mulheres adultas, representativa da população feminina residente na cidade do Porto. Os dados relativos ao consumo alimentar foram obtidos através de um questionário semi-quantitativo de frequência alimentar, previamente validado para a população portuguesa, e comparados com os valores de referência diários recomendados na União Europeia. Resultados: A mediana de ingestão de cálcio por classe etária variou entre 838 e 977 mg/dia e a mediana de ingestão de vitamina D variou entre 2,99 e 3,73 µg/dia. A proporção de mulheres com ingestão de cálcio inferior às recomendações variou entre 41,0%, antes dos 30 anos, e 58,1% aos 70 ou mais anos. Para a vitamina D, a ingestão inadequada variou entre um mínimo de 70,5%, abaixo dos 30 anos, e um máximo de 96,0% na classe etária 60 a 69 anos, havendo uma tendência significativa para aumentar linearmente com a idade (P para a tendência < 0.001). Conclusão: Nestas mulheres da cidade do Porto, a ingestão de cálcio e sobretudo a ingestão de vitamina D eram muito frequentemente inferiores às recomendadas, como aliás se observou noutras populações urbanas europeias. Estes resultados sugerem que a promoção da ingestão alimentar ou o recurso a suplementos será uma estratégia importante em Portugal, tendo em vista a prevenção de algumas das patologias crónicas mais relevantes na nossa sociedade.