Summary: | Resumo: A proliferação de sistemas ativos utilizados na construção depois da Revolução Industrial contribuiu para as alterações climáticas do planeta e afastou do horizonte as técnicas ancestrais da arquitetura vernacular que, ao longo de séculos, proporcionou ao ser humano a proteção e o conforto necessários. A situação de rutura a que chegámos leva-nos a procurar nas construções populares as técnicas que a Arquitetura pode potenciar, aliando-as às novas tecnologias. A preocupação com a sustentabilidade surgiu em meados do séc. XX e com ela emergiram novos conceitos, como o de Arquitetura bioclimática ou Arquitetura sustentável, intimamente associados à arquitetura vernacular. O trabalho que ora se apresenta procurou fazer um breve enquadramento da temática, a que se seguiu o estudo de dois casos – a requalificação de um edifício vernacular no concelho de Mértola e a construção de raiz de um edifício no concelho de Serpa, seguindo os princípios passivos. Depois da seleção dos casos de estudo, foi feita uma entrevista aos arquitetos, orientando as questões no sentido de se compreender se os sistemas passivos vernaculares se revelaram ou não eficazes no que diz respeito à eficiência energética e ao conforto da utilização da habitação. Para orientar a análise dos casos, foi usado o programa Climate Consultant, do Departamento de Energia da Universidade da Califórnia – UCLA. Como resultado do presente estudo, conclui-se que a arquitetura bioclimática, ao recuperar os sistemas passivos, consegue obter resultados muito satisfatórios no comportamento térmico dos edifícios, o que se traduziu na atribuição, por uma empresa certificada, da categoria B- ao edifício de Mértola.
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