Resumo: | O envelhecimento demográfico acelerado e irreversível será, dentro de poucos anos, um dos maiores desafios à sustentabilidade das sociedades ocidentais, quer no plano cultural, social e económico, como na sustentabilidade das organizações. O principal desafio, neste contexto, passará pela alteração da força de trabalho, caraterizada pela população ativa mais envelhecida com que os gestores já tiveram que lidar. Posto isto, torna-se urgente conhecer que implicações o fenómeno trará a nível organizacional para que as empresas desenvolvam sensibilidade para com a temática e mecanismos preventivos de adaptação à realidade prevista. Dadas as estatísticas de discriminação face à idade que ainda dominam as empresas, a presente investigação procurou compreender que implicações o clima de discriminação etária nas organizações poderia trazer, particularmente ao nível da retenção dos trabalhadores. Os resultados evidenciaram que os jovens são ligeira mas significativamente avaliados de forma mais positiva que os mais velhos, como também os seniores evidenciam uma maior perceção de clima de discriminação etária comparativamente aos trabalhadores jovens. Verificou-se, ainda, que nos trabalhadores seniores a probabilidade de intencionar sair é superior quando existe perceção de clima de discriminação etária, sendo o commitment afetivo o fator mediador do impacto deste clima nas intenções de saída. Nos trabalhadores jovens a perceção de clima discriminatório não se evidenciou como preditora das intenções de saída. Relativamente ao clima de diversidade etária, apurou-se que este contribui para a diminuição do clima de discriminação etária. Por fim, a presente investigação conclui com algumas sugestões no sentido de melhorar a gestão da idade nas organizações
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