Prevalência de perturbações músculo-esqueléticas no adolescente

Introdução: As perturbações músculo-esqueléticas constituem na atualidade uma das queixas mais frequentes, causando grande impacto na saúde dos indivíduos. Vários estudos epidemiológicos realizados em adolescentes sugerem que a prevalência e a incidência têm aumentado nos últimos anos, podendo evolu...

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Bibliographic Details
Main Author: Teixeira, Ana Cristina Ferreira (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2015
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.19/2836
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ipv.pt:10400.19/2836
Description
Summary:Introdução: As perturbações músculo-esqueléticas constituem na atualidade uma das queixas mais frequentes, causando grande impacto na saúde dos indivíduos. Vários estudos epidemiológicos realizados em adolescentes sugerem que a prevalência e a incidência têm aumentado nos últimos anos, podendo evoluir para a cronicidade. Assim investigar estas patologias na infância e adolescência, reconhecer os fatores que contribuem para o seu aparecimento e avaliar o impacto de medidas de promoção e prevenção, constitui-se um desafio para quem trabalha em cuidados de saúde primários. Objetivos: O presente estudo pretende identificar a prevalência das perturbações músculo-esqueléticas nos adolescentes e analisar a sua relação com as variáveis sociodemográficas, antropométricas e circunstanciais. Método: Trata-se de um estudo não experimental, transversal, descritivo-correlacional e de caráter quantitativo, que envolveu 158 adolescentes da EB 2/3 General Serpa Pinto - Cinfães. Para o efeito foi construído um questionário que engloba variáveis sociodemográficas, antropométricas e circunstanciais. Integra ainda o “Questionário Nórdico Músculo-Esquelético” para avaliar as perturbações músculo-esqueléticas. Resultados: Os dados mostram que a maioria (80,8%) dos adolescentes referiram perturbações músculo-esqueléticas nos últimos três meses, sobretudo aos níveis dos ombros(27,8%), zona dorsal(25,3%), coxa/anca(25,3%), pescoço(23,4%) e a zona lombar(22,8%). Verifica-se ainda que as perturbações músculo-esqueléticas são mais prevalentes nos adolescentes do género feminino, naqueles que gastam mais tempo por dia a ver televisão, nos que se deslocam a pé e bicicleta e ainda naqueles que percecionam problemas de saúde. Conclusão: As perturbações músculo-esqueléticas estão de facto presentes em grupos significativos de adolescentes, têm uma origem dinâmica, multifacetada e multidimensional, o que reforça a pertinência de uma melhor compreensão do problema nos diferentes contextos, a importância dum trabalho preventivo e ainda da sua deteção e tratamento precoce.