Lúpus eritematoso sistémico e gravidez: implicações terapêuticas

O Lúpus Eritematoso Sistémico (LES) é uma doença autoimune multissistémica que atinge predominantemente mulheres em idade reprodutiva. Para uma gravidez bem-sucedida, a conceção deve ocorrer, idealmente, num período de remissão da doença, sob um planeamento adequado e monitorização apertada por part...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Lisboa,Ana (author)
Other Authors: Brito,Iva (author)
Format: article
Language:por
Published: 2014
Subjects:
Online Access:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-34132014000100004
Country:Portugal
Oai:oai:scielo:S0871-34132014000100004
Description
Summary:O Lúpus Eritematoso Sistémico (LES) é uma doença autoimune multissistémica que atinge predominantemente mulheres em idade reprodutiva. Para uma gravidez bem-sucedida, a conceção deve ocorrer, idealmente, num período de remissão da doença, sob um planeamento adequado e monitorização apertada por parte de uma equipa multidisciplinar. Um dos pontos críticos no tratamento de grávidas com LES é a escolha adequada de fármacos que controlem convenientemente a doença materna sem prejudicar a gestação. Os fármacos mais utilizados no LES durante a gravidez são os corticosteroides, os anti-inflamatórios não esteroides e a hidroxicloroquina. Imunomoduladores como a azatioprina, a ciclosporina e o tacrolimus também podem ser usados, bem como a imunoglobulina intravenosa. Fármacos potencialmente teratogénicos estão contraindicados, incluindo a ciclofosfamida, o metotrexato e o micofenolato mofetil. O presente trabalho pretende rever as principais recomendações terapêuticas no LES durante a gravidez e a amamentação.