Perceção dos enfermeiros sobre erros de medicação : tipos e causas

TÍTULO: Perceção dos enfermeiros sobre erros de medicação: tipos e causas. ENQUADRAMENTO: Metade dos eventos adversos evitáveis é consequência de erros de medicação, sendo estes responsáveis por mais mortes anualmente do que os acidentes de trabalho (ORDEM DOS ENFERMEIROS, 2005). OBJETIVOS: Relacion...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Raimundo, Ana Margarida Proença (author)
Outros Autores: Dias, António Madureira, orient. (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2013
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.19/1731
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.ipv.pt:10400.19/1731
Descrição
Resumo:TÍTULO: Perceção dos enfermeiros sobre erros de medicação: tipos e causas. ENQUADRAMENTO: Metade dos eventos adversos evitáveis é consequência de erros de medicação, sendo estes responsáveis por mais mortes anualmente do que os acidentes de trabalho (ORDEM DOS ENFERMEIROS, 2005). OBJETIVOS: Relacionar as variáveis sociodemográficas, profissionais, formação, conhecimentos e experiências com erros de medicação, com a perceção da frequência da ocorrência dos tipos e das causas de erros de medicação. MÉTODOS: Estudo descritivo correlacional; amostra 117 enfermeiros (método snowball) (70.1% sexo feminino e 29.9% sexo masculino). Aplicação de questionário eletrónico constituído por uma componente sociodemográfica, escala de conhecimentos, perceções e experiência com erros de medicação (MAURER, 2010; BOHOMOL; RAMOS, 2006; MAYO; DUNCAN, 2004; OSBORNE; BLAIS; HAYES, 1999; GLADSTONE, 1995). RESULTADOS: Dos inquiridos 62.4% detém fracos a razoáveis conhecimentos sobre erros de medicação; mais de 58% perceciona a sua formação académica/contínua sobre erros de medicação como sendo inexistente/insuficiente e 64.1% não tem formação contínua nesta área há pelo menos 6 anos; 72.6% diz ter experienciado um ou mais erros de medicação sem dano para o doente e apenas 32.1% relatou um ou mais erros de medicação sem dano para o doente. Os tipos e as causas de erros de medicação identificadas ocorrem com uma frequência elevada para mais de 37% dos inquiridos e os três tipos e causas mais cotados foram respetivamente: hora errada, técnica de administração errada e omissão; falta de enfermeiros, interrupções e prescrição incompleta. Os enfermeiros com idade superior a 40 anos (p=.03) e os que prestam cuidados especializados (p=.04) percecionam menos a frequência dos tipos de erros de medicação. Este último grupo também perceciona menos a frequência das causas de erros de medicação (p=.008). Os que experienciaram mais erros de medicação com dano para o doente têm maior perceção da frequência das causas de erros de medicação (p=.006). Quanto maior é o número de anos de exercício profissional no atual serviço, menor é a frequência percebida dos tipos de erros de medicação [t=-2.284; p=.024; β=-.208; r2=.043]. CONCLUSÃO: A perceção dos enfermeiros sobre a frequência dos tipos e das causas de erros de medicação não tem, geralmente, relação com características sociodemográficas, profissionais e formativas, o que demonstra a transversalidade desta problemática. Os resultados apontam para implicações práticas na formação dos enfermeiros, nas condições de trabalho e nas políticas hospitalares no sentido de reduzir os erros de medicação. PALAVRAS-CHAVE: Erros de medicação; perceção dos enfermeiros; tipos; causas.