| Resumo: | Na proposta de trabalho definiu-se como objetivo principal: Indagar diferentes etapas de gestão das Pousadas ao longo dos tempos, quer quanto à conceção e modelos de gestão de entre os quais o que resultou na privatização em 2003 e as consequências do impacto que teve na rede das Pousadas de Portugal quer quanto à salvaguarda do património de unidades históricas e de todas as outras unidades distribuídas por diferentes classificações e regiões. Na procura da resposta a esse objetivo, surgiram o turismo e a hotelaria como um elemento fundamental de desenvolvimento nas sociedades pós-industriais, um fenómeno económico, político, social e cultural dos mais expressivos, evoluindo desde a sua fase mais rudimentar até ao esplendor das últimas décadas onde os meios de transporte se revelaram vitais e a hotelaria fundamental, catapultando desenvolvimento, riquezas e emprego, constituindo uma fonte de divisas prioritárias em muitas economias do mundo e particularmente em Portugal, graças, igualmente, ao aparecimento de novos processos de gestão que adaptaram estratégias de negócio mais ambiciosas, evoluindo de uma identidade tipo familiar para novos processos, assentes em cadeias hoteleiras que se revelaram essenciais, permitindo a implementação de processos e de serviços comuns independentemente do lugar ou do país. Finalmente, debruçou-se sobre o período após 2003, altura em que o Governo decidiu a privatização da exploração das Pousadas de Portugal, sustentada com os resultados negativos em consequência da gestão da empresa, e desde essa data até 2012, em que foram então desativadas um conjunto significativo de Pousadas com as consequências inevitáveis quer para o património envolvido, quer para a sua gestão e manutenção. Os principais resultados apontaram que a privatização da gestão das pousadas resultou na sua descaracterização pelo aumento do número de quartos e tipo de serviços prestados. O caderno de encargos não acautelou os interesses públicos levando ao encerramento de Pousadas Regionais e Históricas. Igualmente, e com base no relatório do Tribunal de Contas não se consegue determinar se a privatização das pousadas foi a melhor opção para evitar os prejuízos da empresa.
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