Mulheres sob custódia: as comunidades de clarissas como espaços de obediência e autonomia (séculos XIII e XIV)

A Ordem de Santa Clara teve um papel fundamental na vivência da espiritualidade feminina na Idade Média em Portugal. Aos conventos de clarissas chegavam mulheres de todos os estratos sociais revelando a vitalidade da mensagem de Francisco e de Clara. Sujeitas ao voto de clausura e tuteladas pelos Fr...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Andrade, Maria Filomena (author)
Format: article
Language:por
Published: 2015
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.14/19312
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ucp.pt:10400.14/19312
Description
Summary:A Ordem de Santa Clara teve um papel fundamental na vivência da espiritualidade feminina na Idade Média em Portugal. Aos conventos de clarissas chegavam mulheres de todos os estratos sociais revelando a vitalidade da mensagem de Francisco e de Clara. Sujeitas ao voto de clausura e tuteladas pelos Franciscanos, estas comunidades parecem “encerrar” mulheres submetidas e vigiadas pelo poder masculino. Como se relacionam estas mulheres com o mundo masculino que as tutela e que com elas interage? E, estando sujeitas à clausura, como é que estas comunidades estabelecem relações com o mundo que as rodeia? De monjas tuteladas e vigiadas, as clarissas passam a tomar um papel de protagonistas da sua história, construindo comunidades vivas e atuantes, onde as mulheres assumem os seus papéis de liderança e concitam dos homens uma atitude de interajuda e de solidariedade de forma a viverem de forma autónoma mas em constante relação com o mundo exterior.