Summary: | A turma ocupa uma centralidade incontornável na esfera do planeamento educativo e dos processos de organização escolar. As medidas de combate ao insucesso e abandono escolares, as estratégias e acções com vista à melhoria do rendimento escolar, as opções a equacionar para a afirmação da qualidade educativa, dificilmente contornarão, no plano organizativo escolar, questões em torno dos critérios e dos processos de organização e constituição dos agrupamentos internos de alunos. Porque continuam a não existir soluções mágicas e absolutamente seguras, nem tão pouco consensos firmados sobre os critérios a adoptar, ou simplesmente resultados e evidências suficiente e comprovadamente testadas e generalizadamente reconhecidas e aceites, a questão continua a ter uma relevância e pertinência que justifica plenamente a sua inclusão nas prioridades da agenda investigativa educacional. Os artigos que integram este número, da autoria de Maria do Céu Roldão, de Luísa Cortesão e de José Verdasca, reflectem, apesar de tudo, direccionamentos e ângulos de incidência diferenciados, não tanto pela inexistência de convergências e intersecções de pontos de vista, mas antes e especialmente pelo facto de as focalizações que cada uma das abordagens elege conduzirem a análises enquadráveis em planos e domínios de certo modo distintos. Em jeito de balanço antecipado, e naturalmente discutível, os ganhos decorrentes de uma certa complementaridade disciplinar, parecem sobrepor-se aos possíveis prejuízos da diversidade de focalizações. A ser assim, estará aceite e justificada a opção tomada.
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