Envelhecimento ativo: Portugal vs. China

A presente dissertação propõe-se a tratar de um tema recente, o envelhecimento ativo, tanto na sociedade Portuguesa como Chinesa, tendo como relevância, ajudar a perceber se estes dois países tem pontos concordantes neste tema ou se diferem. Assim, partindo do princípio que estas duas sociedades são...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Tita, Melissa Clotilde de Almeida (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2017
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10773/17581
Country:Portugal
Oai:oai:ria.ua.pt:10773/17581
Description
Summary:A presente dissertação propõe-se a tratar de um tema recente, o envelhecimento ativo, tanto na sociedade Portuguesa como Chinesa, tendo como relevância, ajudar a perceber se estes dois países tem pontos concordantes neste tema ou se diferem. Assim, partindo do princípio que estas duas sociedades são bastante distantes (Hofstede, 1991), num determinado momento, tentarei demonstrar, através de entrevistas as populações alvo, se estás tem pontos de contacto. Estes dois países em causa, Portugal e China estão situados em extremos opostos do globo, Portugal pertence ao ocidente e a China pertence ao Oriente, ambos são ricos em património histórico e cultural, possuindo dessa maneira um conjunto interessante de regras e costumes diferentes. O envelhecimento mostra-se como um dos problemas decisivos do século XXI (Hessel, 2008). Nas últimas décadas do século XX verificou-se um aumento constante do número de idosos, o que levou a um desvio dos padrões demográficos das sociedades, envelhecendo-as. Historicamente, a sociedade chinesa colocou os idosos num pedestal (Powell, 2003), enquanto a sociedade portuguesa tende a esquecer-se do contributo dado por estes. Na China, fazia parte dos deveres filiais impostos pelo confucionismo que os filhos cuidassem dos seus pais quando estes envelheciam. No entanto, hoje, essa antiga máxima está a ser ultrapassada, no exato momento em que a proporção de pessoas idosas está a aumentar, com o “super envelhecimento” da população assim a ocorrer. Quando combinamos isto com a diminuição de nascimentos associadas a política do filho único, além da falta de um sistema de bem-estar desenvolvido, o aumento do número de idosos está a dar origem a preocupações severas entre os decisores políticos chineses (Powell, 2003). Em Portugal, existe um dever cívico e moral imposto aos filhos para cuidarem dos seus pais, mas nem todos os cidadãos portugueses cumprem esse dever, abandonando assim, por vezes os idosos. Este trabalho não tenta minimizar os problemas existentes e a procurar de políticas para ajudar os mais velhos, mas sim apresentar um modo diferente sobre o envelhecimento, com foco nos “idosos ativos” portugueses e chineses. Como tal, tenta dissipar os estereótipos dados aos idosos, através de um discurso alternativo que acredito ser possível, no qual os idosos são vistos como um recurso, e não como um problema tanto na nossa sociedade portuguesa como na china. Tudo isto tem implicações para o desenvolvimento epistemológico da gerontologia. O meu objetivo é estudar estas culturas diferentes tanto a nível socioeconómico como cultural e saber onde estás se encontram.