Resumo: | A água é uma constante no dia-a-dia, em tarefas diárias comuns, básicas à vida, presença marcante no imaginário do homem medieval. Elemento fundamental na paisagem alia a natureza à ação do homem e contém marcas culturais de um património tangível e intangível. São estas dimensões patrimoniais que marcaram os tempos e que conferiram ao elemento «água» valor inegável para a sociedade e para a construção histórica das paisagens. Na sua dimensão tangível, a sua presença na vida do Homem, ao longo da história, tem-se mantido com as suas características de recurso natural, de bem essencial, de elemento de sociabilidade, de responsável pelo surgimento de inúmeros bens materiais ligados ao quotidiano, e responsável pelo surgimento de um património construído que marca hábitos, culturas e funcionalidades. Na sua vertente intangível, a água integra o imaginário medieval com presença na música, na pintura, no teatro, na literatura, nas narrativas de histórias e estórias. É nesta dimensão que se associa a emoções e a cenários paisagísticos onde homens e mulheres desenrolam ações. É nesta dimensão que se pretende desenvolver a análise que aqui se apresenta. (...)
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