A influência da indústria de armamento na economia e finanças mundiais

Apesar de se poder ter perspectivado um decréscimo das tensões e conflitos bélicos mundiais e uma consequente redução de efectivos e de despesas militares por parte dos países no médio e longo prazo com o final da Guerra Fria, a realidade observada ao longo dos últimos anos tem provado o contrário....

ver descrição completa

Detalhes bibliográficos
Autor principal: Borges, Luís (author)
Formato: other
Idioma:por
Publicado em: 2016
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.26/12035
País:Portugal
Oai:oai:comum.rcaap.pt:10400.26/12035
Descrição
Resumo:Apesar de se poder ter perspectivado um decréscimo das tensões e conflitos bélicos mundiais e uma consequente redução de efectivos e de despesas militares por parte dos países no médio e longo prazo com o final da Guerra Fria, a realidade observada ao longo dos últimos anos tem provado o contrário. O aparecimento de novos tipos de ameaças e acções armadas levou a um reequacionamento das questões de defesa e segurança mundiais e conduziu à necessidade de colocar forças em teatros de operações longe do território da maioria das nações intervenientes, provocando alterações sensíveis no tipo de armamento utilizado tradicionalmente pelas Forças Armadas de todos os Países. As indústrias verificaram que, para satisfazer os novos desafios, tinham que ser mais interventoras e inovativas e que havia necessidade de integrar novos conceitos e tecnologias nos equipamentos e sistemas fornecidos. Também as indústrias de defesa portuguesas terão necessariamente que acompanhar as transições que se vão efectuando nos panoramas globais e regionais para se manterem actuais e competitivas, encontrando soluções para que os seus produtos sejam reconhecidos pela qualidade, pela inovação, pela competitividade e pela tecnologia incorporada. O Estado Português pode assumir um importante papel de promotor e regulador desta actividade, criando mecanismos e incentivos para que os riscos que os investidores deste sector de actividade têm que correr na procura de soluções inovadoras e competitivas sejam minimizados pela criação de novas perspectivas empresariais e pelo alargamento dos mercados. Abstract: Despite all good will expectations concerning a decrease in the number and level of conflictuality in the world upon the end of the Cold War, leading to huge reductions in manpower and military expenditures by most of the countries in the medium and long term, reality observed over the past years has proven otherwise. The emergence of new types of threats and conflicts led to a redesigning of defense and world security and led to the need to deploy forces in theaters of operations away from the territory of most nations involved, fitted with new types of weapons and equipments. Defense related industries soon found out that they needed to be more innovative and intervening in order to deal with such new challenges; they also needed to incorporate, as soon as possible, the brand new concepts and technologies in systems and equipment they were willing to sell. Portuguese Defense related industries also have to accommodate themselves to the changes in global and regional scenarios in order to be competitive and at the front row; they have to look for solutions that allow its products to be well known by their quality, innovation, competitiveness and amount of incorporated own technology. The state support in the promotion and regulation of such activities should be done through incentives, creating mechanisms to lower the risks of such daring investors in the pursuit of innovative and competitive solutions and opening new business deals, most of them in new foreign markets.