Summary: | A classe farmacológica dos inibidores de tipo 2 do cotransporte de sódio e glicose (SGLT2) constitui a mais recente classe de fármacos antidiabéticos a ser introduzida em Portugal. No presente artigo de revisão, é revista a racionalidade da inibição da reabsorção de glicose como estratégia de tratamento da diabetes tipo 2 e o perfil farmacológico de um dos fármacos desta classe: a empagliflozina. Além de alguns dados de farmacocinética da empagliflozina, são revistos os dados do desenvolvimento pré-clínico e clínico do fármaco, incluindo uma breve revisão sobre os vários estudos de fase III e revistos os seus potenciais efeitos secundários. A empagliflozina demonstrou melhorar o controlo glicémico em monoterapia, em terapêutica dupla ou tripla com outros antidiabéticos orais e em associação à insulinoterapia. Comparativamente às sulfonilureias, não só demonstrou não ser inferior ao fim de um ano de terapêutica como demonstrou superioridade no efeito sobre o controlo glicémico ao fim de 2 anos. Além da sua eficácia anti-hiperglicemiante, os benefícios adicionais da empagliflozina sobre o peso corporal e a pressão arterial constituem importantes mais-valias no tratamento da pessoa com diabetes tipo 2.
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