Do Prec à atualidade: poderá o SAAL ser a base de novas políticas de reabilitação urbana?

Na conjuntura atual, em que os antigos pressupostos de construção em meio urbano estão esgotados, em que o crescimento das periferias urbanas parece ter chegado ao fim, em que a compra de habitação nova se afigura, de alguma forma, inalcançável para uma boa parte da população e em que as necessidade...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Rodrigues, Sílvia Marisa Campos (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2019
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10451/39557
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.ul.pt:10451/39557
Descrição
Resumo:Na conjuntura atual, em que os antigos pressupostos de construção em meio urbano estão esgotados, em que o crescimento das periferias urbanas parece ter chegado ao fim, em que a compra de habitação nova se afigura, de alguma forma, inalcançável para uma boa parte da população e em que as necessidades populacionais e ambientais também se alteraram, parece claro que o futuro pode passar pelo retorno da população aos centros antigos das cidades, fazendo um caminho inverso àquele que aconteceu em décadas passadas. Assim, é urgente que estes centros mais antigos das cidades portugueses se tornem espaços capazes de responder às necessidades das pessoas, e desta forma, a pergunta que se coloca é como pode ser possível fazê-lo na atualidade, de que forma estes centros poderão fazer parte das soluções para a problemática da habitação. Esta dissertação pretende por isso, demonstrar que um caminho possível pode passar por levar as pessoas a participar, por incluir os cidadãos na transformação dos centros mais antigos das cidades, por fazer com que as populações passem de espectadores a atores da democracia. Assim, toma-se como ponto de referência o período que se seguiu ao 25 de Abril de 1974, o PREC, com destaque para o processo participativo implementado no domínio da habitação durante esta época, o SAAL, pretendendo demonstrar que é possível serem as pessoas a tomarem em mãos as soluções para os seus problemas habitacionais que, no presente, implicam a recuperação do património edificado dos centros urbanos mais antigos. Desta forma, pretende-se perceber o que é possível extrair do processo SAAL, o que desta iniciativa da década de setenta, poderá servir de base para processos de reabilitação urbana e para soluções habitacionais, dotando as iniciativas futuras com um caráter mais participativo, levando à construção de cidades mais inclusivas e a um futuro urbano mais participativo e democrático, assente numa maior junção de esforços e de vontades de populações e de administrações locais e centrais.