Retrato social dos cuidadores informais das pessoas com demência

A par do envelhecimento populacional tem-se assistido a um aumento dos casos de demência, cujos cuidados domiciliários recaem sobretudo em familiares. Neste estudo – “Retrato social dos cuidadores informais das pessoas com demência” – foi formulado o seguinte problema de investigação: Qual é a reali...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Passos, Liliana Madalena Bianchi dos (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2018
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10198/18134
País:Portugal
Oai:oai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/18134
Descrição
Resumo:A par do envelhecimento populacional tem-se assistido a um aumento dos casos de demência, cujos cuidados domiciliários recaem sobretudo em familiares. Neste estudo – “Retrato social dos cuidadores informais das pessoas com demência” – foi formulado o seguinte problema de investigação: Qual é a realidade social dos cuidadores informais (CIs) de uma pessoa com demência (PcD) residente na cidade de Bragança? Teceram-se como objetivos: identificar o perfil sociodemográfico dos CIs; caracterizar as circunstâncias em que ocorre a prestação de cuidados informais; analisar o impacto positivo (benefícios percecionados) e negativos (perceção de sobrecarga) pelos CIs no desempenho dos seus papéis; conhecer as necessidades percebidas pelos CIs e a conhecer a rede social pessoal dos CIs. A investigação apoia-se num estudo transversal e descritivo de natureza quantitativa, tendo como participantes 30 CIs de uma PcD residente no domicílio na cidade de Bragança. Foram utilizados como instrumentos de recolha de dados um questionário, a Escala de Barthel (Araújo, Ribeiro, Oliveira, & Pinto, 2007), o Índice de Lawton e Brody (Araújo, Pais-Ribeiro, Oliveira, Pinto & Martins, 2008) e a Escala de Sobrecarga (Sequeira, 2007). Conclui-se que os CIs são, na sua maioria, do género feminino, descendentes ou cônjuges da PcD, com elevadas qualificações académicas e a exercer uma atividade profissional. Nenhuma PcD vive exclusivamente a cargo da família, embora a grande maioria coabite com os CIs. Constata-se ainda que os cuidados são prestados essencialmente de forma permanente e prolongada e centrados nas tarefas pessoais e instrumentais. Os CIs destacam vários aspetos positivos da tarefa de cuidar, apesar dos níveis de sobrecarga intensa percebidos pela maioria, associados com a coabitação com o familiar com demência. É evidente um sentimento de insuficiência quanto aos serviços de apoio à PcD e ao cuidador, bem como a dificuldade em lidar com os sintomas psicológicos e comportamentais da demência. Também se verifica o predomínio de uma rede social dos CIs de tamanho médio no círculo interior, sendo as principais fontes de apoio os familiares, seguidos dos vizinhos e técnicos das áreas da saúde e social. Este apoio é percebido como muito satisfatório. Perante estes resultados tecem-se reflexões sobre o papel do Educador Social na intervenção com os CIs.