Summary: | A utilização de recursos energéticos renováveis tem aumentado ao longo dos anos, na perspetiva de minimizar efeitos nefastos no ambiente e na saúde humana. Neste contexto, a combustão de biomassa tem sido uma das formas mais utilizadas para produção e energia térmica e elétrica. No entanto, esta tecnologia de conversão energética pode apresentar alguns inconvenientes, sobretudo relacionados com a emissão de material particulado. Neste trabalho foram queimados 4 tipos de biomassa, previamente tratadas, num leito fluidizado à escala piloto: o eucalipto, o pinheiro, a acácia e uma mistura de casca de pinhão e pinheiro. Num primeiro ensaio foram recolhidas amostras para caracterizar a granulometria das partículas, verificando-se uma predominância das PM2,5, tendo sido escolhidas as partículas deste tamanho como objeto de estudo. Foram utilizados dois equipamentos de despoeiramento em série: um ciclone e um filtro de mangas. O primeiro permitiu eficiências de remoção de 1,4% - 17,4% (em massa), enquanto que no segundo foi possível alcançar eficiências de remoção na gama 93,0% - 97,0% (em massa). Os elementos inorgânicos constituíram a fração maioritária das partículas emitidas, representando 19,0% a 55,1% da massa de PM2,5. O Ca, o K e o S foram os elementos maioritários com maior representatividade. Entre os elementos minoritários, destacaram-se o Zn, o Cd, o Cr e o Mn. O carbono elementar, a matéria orgânica e os carbonatos contribuíram para frações mássicas nas gamas 0,18% - 42,9%, 0,65% - 22,7% e 0,05% - 1,2%, respetivamente.
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