A crise da dívida soberana portuguesa lida através dos spreads dos CDS da dívida portuguesa relativamente aos CDS da dívida alemã

O presente trabalho estuda os spreads dos CDS (credit default swaps) da dívida pública portuguesa, naquilo em que esta se distingue da dívida pública alemã. Para tal procedeu-se à estimação dos spreads dos CDS da dívida pública portuguesa relativamente aos CDS da dívida alemã considerando três matur...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Dias, Tânia (author)
Outros Autores: Abreu, Margarida (author)
Formato: workingPaper
Idioma:por
Publicado em: 2012
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.5/4888
País:Portugal
Oai:oai:www.repository.utl.pt:10400.5/4888
Descrição
Resumo:O presente trabalho estuda os spreads dos CDS (credit default swaps) da dívida pública portuguesa, naquilo em que esta se distingue da dívida pública alemã. Para tal procedeu-se à estimação dos spreads dos CDS da dívida pública portuguesa relativamente aos CDS da dívida alemã considerando três maturidades (1, 5 e 10 anos) e três períodos (agosto de 2005 a fevereiro de 2008, março de 2008 a julho de 2010 e agosto de 2010 a março de 2012). Num primeiro momento seguiu-se a metodologia de Aizenman, Hutchison, & Jinjarak (2011) que centra a explicação destes spreads em variáveis de finanças públicas. Num segundo momento a análise foi alargada com a inclusão de variáveis explicativas financeiras relacionadas com o mercado de capitais. O estudo econométrico desenvolvido permitiu concluir que os spreads dos títulos de dívida pública têm um impacto positivo significativo tal como os níveis de dívida pública (estes últimos, em especial para a maturidade de 1 ano). A taxa de câmbio tem um efeito negativo, com mais relevância nos spreads a 1 e 5 anos. A taxa de crescimento real, com o seu impacto negativo, é mais importante para os períodos total e II, e para os spreads a 1 ano. Os fatores relacionados com o setor externo têm um efeito negativo apenas no horizonte de 1 ano, e o PIB per capita aumenta o risco de incumprimento para os spreads a 5 e 10 anos.