O Processo transi??o sa?de/doen?a da pessoa com enfarte agudo do mioc?rdio

O n?mero de pessoas v?timas de enfarte agudo mioc?rdio constitui uma realidade preocupante para os profissionais de sa?de, por ser uma patologia que se mant?m como principal causa de morte na popula??o portuguesa. Apesar de nas ?ltimas d?cadas se apostar em campanhas sistem?ticas de preven??o, do pr...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Meira, Sandra Cristina Belo (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2017
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/20.500.11960/1918
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ipvc.pt:20.500.11960/1918
Description
Summary:O n?mero de pessoas v?timas de enfarte agudo mioc?rdio constitui uma realidade preocupante para os profissionais de sa?de, por ser uma patologia que se mant?m como principal causa de morte na popula??o portuguesa. Apesar de nas ?ltimas d?cadas se apostar em campanhas sistem?ticas de preven??o, do progresso cient?fico ao n?vel do diagn?stico e da terap?utica, esta doen?a continua a representar uma das principais causas de mortalidade e morbilidade, com impacto a n?vel pessoal, familiar, social e econ?mico das sociedades. ? necess?rio que os profissionais de sa?de, nomeadamente os enfermeiros, desenvolvam compet?ncias para intervir ativamente junto da pessoa com enfarte agudo mioc?rdio a vivenciar a transi??o sa?de/doen?a, de modo a que a pessoa adquira qualidade de vida e bem-estar ou seja desenvolva uma transi??o positiva. Neste contexto, o presente estudo tem como objetivo principal compreender o processo de transi??o sa?de/doen?a da pessoa com enfarte agudo do mioc?rdio, a fim de contribuir para uma melhor pr?tica de cuidados, favorecedora de uma transi??o saud?vel, com ganhos positivos para os envolvidos. Para a concretiza??o deste estudo e dar resposta aos objetivos delineados, adoptou-se por uma abordagem qualitativa de car?cter explorat?rio e descritivo. Como estrat?gia de recolha de dados optou-se pela entrevista semi-estruturada que foi dirigida a dez pessoas com enfarte agudo do mioc?rdio que cumpriram os crit?rios de inclus?o. Da an?lise dos dados, segundo o referencial te?rico e metodol?gico de Bardin (2011), obtivemos um conjunto de ?reas tem?ticas: significado do evento, implica??es do enfarte agudo mioc?rdio, fatores facilitadores do processo transi??o sa?de/doen?a e perce??o da interven??o de enfermagem. Especificamente, e no que diz respeito ao significado do evento, os participantes identificaram um conjunto de sintomas f?sicos e de sentimentos associados ? doen?a, bem como a perce??o e reconhecimento da doen?a e dos comportamentos de risco associados. Relativamente ?s implica??es do EAM, os participantes reportaram diversas altera??es na sua vida como consequ?ncia do diagn?stico, destacando-se altera??es ao n?vel do estilo de vida (ex., exerc?cio f?sico, ades?o ? terap?utica medicamentosa, cessa??o tab?gica, altera??o de h?bitos alimentares). No que diz respeito aos fatores facilitadores da transi??o, os pacientes destacaram o envolvimento da equipa multidisciplinar, o apoio da fam?lia, o programa de reabilita??o cardiovascular, bem como caracter?sticas pessoais. Por fim, no ?mbito da percep??o dos doentes em rela??o ? iv equipa de enfermagem, destacam-se como interven??es valorizadas a vigil?ncia cont?nua, a informa??o prestada e o apoio, bem como a compet?ncia dos profissionais e a rela??o com a equipa multidisciplinar. Os resultados desta investiga??o s?o reveladores que as interven??es de enfermagem s?o potenciadoras de transi??es bem-sucedidas da pessoa com enfarte agudo do mioc?rdio. Promover a aquisi??o de mestria, identificando as perce??es, os sentimentos, os fatores facilitadores, as implica??es na pessoa com enfarte mioc?rdio, visando um ajustamento e adapta??o eficaz, uma integra??o fluida da nova identidade (doente de risco), com o intuito de adquirir qualidade de vida e bem-estar, proporciona ao doente experienciar uma transi??o positiva. Acreditamos que este trabalho ter? importantes implica??es futuras para a pr?tica de enfermagem, nomeadamente na constru??o de modelos de actua??o que tenham em considera??o a multidimensionalidade dos processos de transi??o experienciados pelos doentes com EAM; na forma??o dos pares; e por ?ltimo, na investiga??o atrav?s da replica??o destes resultados noutros contextos e com outros participantes.