Summary: | Face às características da ovelha Merino da Beira Baixa, fraca produtora de leite apesar de explorada para tal, e aos custos alimentares, nomeadamente do concentrado comercial, no mercado regional começaram a ser introduzidos subprodutos do processamento agro-industrial a um preço mais convidativo. Assim, e por falta de dados técnicos, realizou-se um estudo em ovelhas lactantes ordenhadas dos 32 aos 150 dias de lactação e tendo como alimento base feno de aveia suplementado com polpa de citrinos, bagaço de soja e farinha de glúten de milho a 22% comparativamente a um concentrado comercial. O ensaio foi delineado segundo um modelo factorial 4x3 completamente casualizado com três blocos, ou seja foram criados quatro grupos de 9 ovelhas sujeitas a três níveis de suplementação, 25, 37.5 e 50% das necessidades totais em proteína bruta, perfazendo 36 animais. O controle foi individual pelo que cada ovelha funcionou como uma repetição. O ensaio foi repetido para minimizar ao máximo os possíveis factores de variação pelo que o número total de animais em estudo foi de 72. Após análise estatística dos dados verificou-se que não houve diferenças significativas entre os alimentos utilizados para os parâmetros em estudo, produção de leite, teor proteico e butiroso, embora economicamente o bagaço de soja se tenha mostrado o melhor apesar de ter uma duração da lactação menor. A polpa de citrinos foi a que apresentou piores resultados com uma maior persistência de lactação. Para este produto há quantidades limites a fornecer e que se situam em 1% do peso vivo. Só a partir do nível de suplementação a 50% os animais tiveram as suas necessidades em proteína bruta e energia satisfeitas.
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