| Summary: | INTRODUÇÃO (46) Nas crianças e jovens a alimentação desempenha um papel determinante no seu saudável crescimento e desenvolvimento. A dieta mediterrânica (DM) tem sido apontada, em diversos estudos epidemiológicos, como um importante padrão alimentar associado à saúde, ajudando a prevenir diversas patologias e aumentando a esperança de vida. OBJETIVOS (21) Analisar a adesão ao padrão alimentar mediterrânico em jovens do 5º e 6º ano de escolaridade de uma escola de Coimbra. MATERIAIS E MÉTODOS (69) Estudo descritivo e observacional baseado em técnicas de análise quantitativas. A população estudada foi constituída por todos os jovens do 5º e 6ºano de escolaridade de uma escola pública de Coimbra. A todos os jovens foi aplicado o índice KIDMED (Mediterranean Diet Quality Index for children and adolescentes) e questões de natureza sóciodemográfica. O questionário foi aplicado em sala de aula antes da intervenção educativa sobre alimentação saudável. RESULTADOS (99) Participaram no estudo 98 jovens (59,2% do género feminino e 40,8% do género masculino) com uma média de idades de 10,95 anos. A maioria (85,71%) dos alunos apresentaram uma alta adesão ao padrão alimentar mediterrânico, 13,27% adesão intermédia e 1,02% baixa adesão a este padrão alimentar. Das respostas obtidas destacamos positivamente o consumo, de pelo menos uma peça de fruta ou um sumo de fruta por dia (83,7%), o consumo de produtos hortícolas frescos ou cozinhados regularmente, pelo menos uma vez por dia (86,7%), o hábito de tomar o pequeno-almoço (95,9%) e o consumo de lacticínios nesta refeição (94,9%). DISCUSSÃO (62) Os resultados positivos encontrados ao nível do consumo de hortofrutícolas, de peixe, arroz/massa, cereais, leite e derivados vão de encontro a outro estudo realizado em Tavira junto de uma população escolar. O consumo de bolos e outras guloseimas teve pouca expressão, ao contrário de outro estudo realizado em crianças de Lisboa e Viseu, em que 94,1% consome bolos ao pequeno - almoço.) CONCLUSÕES (71) O questionário KIDMED é uma ferramenta fácil de aplicar e que de uma forma rápida e económica permite caracterizar os hábitos alimentares das crianças/jovens. Poderá ser aplicado em contexto escolar mas também em contexto de cuidados de saúde primários. Os autores consideram a importância de se investir na educação alimentar nas escolas, com o envolvimento de toda a comunidade educativa, onde se destacam os pais, escola e os profissionais de saúde.
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