Summary: | Num ambiente cada vez mais adverso em termos competitivos, torna-se relevante para as empresas apostarem em metodologias de trabalho que lhes permitam a obtenção de índices de produtividade acima das expetativas delineadas pela gestão. O Teletrabalho apresenta-se como uma realidade que, quando bem estruturado e pensado, poderá debitar fatores de excelência que, por si só, contribuirão para o sucesso das empresas. A presente dissertação tem como tema os impactos do Teletrabalho em cinco Pequenas e Médias Empresas (PME). A problemática centra-se na forma como as PME implementaram o Teletrabalho durante a pandemia COVID-19 e qual foi o seu impacto na sua atividade. O objetivo geral passa por caraterizar e analisar o impacto da implementação do Teletrabalho nas PME no âmbito da COVID-19, nos setores de serviços. Os objetivos específicos incidem sobre a análise das modalidades do Teletrabalho, a identificação das vantagens e desvantagens do Teletrabalho, a avaliação do impacto do Teletrabalho na atividade das PME e a análise das intenções futuras das PME em relação à adoção do Teletrabalho. A metodologia adotada é qualitativa, multi-caso, com a realização de 19 entrevistas a responsáveis de empresas e seus trabalhadores, do setor dos serviços, de forma a se poder caraterizar e analisar a implementação do Teletrabalho e seus impactos. Os resultados obtidos na investigação permitem concluir que as empresas em estudo optaram maioritariamente por Teletrabalho no domicílio dos trabalhadores sob a forma total. As principais vantagens do Teletrabalho foram a redução de custos, a conciliação da vida pessoal com a vida profissional e a redução de gases poluentes. As principais desvantagens do Teletrabalho foram o investimento em equipamentos, o isolamento social e a precarização do mercado de trabalho. Os impactos do Teletrabalho verificaram-se na produtividade, no comprometimento e desempenho. Como critérios de escolha do Teletrabalho, as PME focaram-se na imposição do Governo e na compatibilidade das funções. O balanço global feito, quer por empresas, quer por trabalhadores, leva-nos a concluir que admitem a possibilidade de o Teletrabalho ser uma prática a manter no futuro, mas apenas em carácter parcial.
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