Summary: | Um dos momentos mais esperados por pai-te de um estudante é o estágio, o local e o seu contexto proporcionam as condições necessárias para testar e colocar em práctica todos os conhecimentos teóricos e práticos apreendidos durante o percurso académico do estudante. O estágio é um desafio com alto grau de exigência a múltiplos níveis. A nível académico porque o jovem estagiário depara-se com uma série de novos conhecimentos, de novas técnicas e entra em contacto com a realidade do seu contexto de estágio, que no meu caso em concreto, foi o luto que até então, estava desconhecido na práctica. A nível profissional, porque foi a primeira vez que exerci psicologia e a nível pessoal porque devido ao contacto com os pacientes, surgiram em mim, reflexões que puseram à prova muitas das minhas crenças. O presente relatório de estágio foi realizado com base nestes desafios, fruto de 900 horas de estágio na APELO (Associação do Apoio à Pessoa em Luto), mais concretamente no CAPELO (Centro do Apoio à Pessoa em Luto) do Porto, no âmbito do Mestrado em Psicologia Clínica da Universidade Lusíada do Porto. No presente relatório, o termo perda é direccionado única e exclusivamente pai-a a morte humana, como separação definitiva, irreversível, que deixa qualquer indivíduo num estado de privação, de perda de um ente querido. Este relatório centra-se exelusivamente no luto (normal e complicado) em adultos, saindo do raio de acção do mesmo o luto noutras faixas etárias, como é o caso do luto nas crianças, nos adolescentes e nos idosos. Neste relatório quando utilizamos a palavra enlutada (o), significa que alguém está de luto, que sofre pela morte de um parente ou outro (Dicionário da Língua Portuguesa), assim como a palavra sobrevivente para nos referirmos a alguém que está de luto, porque no luto para além de sofrer com a morte de um ente querido é preciso sobreviver à perda e a todos os sentimentos que são desencadeados pelo luto.
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