Resumo: | Este estudo analisa a reforma europeia de auditoria em Portugal, quais os seus impactos ao nível do controlo de qualidade e o efeito na qualidade de auditoria. A literatura tem-se focado na análise da qualidade de auditoria e dos resultados, isto é, como podemos mensurar a qualidade de auditoria, mas não encontro evidências de estudos sobre evolução da qualidade de auditoria em Portugal, pelo que achei ser uma boa oportunidade de investigação. Assim sendo, o presente estudo analisa de que forma é que esta reforma europeia influenciou a qualidade de auditoria em Portugal, pois a partir de 2016 as firmas de auditoria deixaram de se reger pelas Diretivas de Revisão de Auditoria (DRAs) e passaram a reger-se pelas "International Standards on Audit" (ISAs). O controlo de supervisão para Entidades de Interesse Público (EIP) passou a ser assumido pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que antes era assumido pela Ordem dos Revisores Oficiais de Contas (OROC). Este estudo é feito com base na qualidade dos resultados, qualidade essa que é capturada através dos acréscimos discricionários. A amostra utilizada foi retirada da base de dados AMADEUS e incorpora todas as entidades portuguesas não cotadas entre 2014 e 2017. As conclusões obtidas neste estudo foram inconclusivas, uma vez que não se chegou a resultados que permitissem afirmar que a qualidade de auditoria melhorou ou piorou.
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