Summary: | Considerar o processo de educação/supervisão na sua dimensão pessoal e interpessoal coloca desde logo o imenso desafio de nos questionarmos ao nível da nossa relação com os outros e connosco próprios. É, portanto, uma aposta na reflexão e no compromisso, um incentivo ao desenvolvimento da capacidade de distanciamento e de aproximação, um estímulo à opção crítica e à avaliação das escolhas feitas. Pressupõe uma atitude activa e informada e a capacidade de vivenciar e analisar situações concretas, sustentada por um quadro conceptual e teórico capaz de trazer novas perspectivas e diferentes modelos e metodologias de relacionamento pessoal e interpessoal na supervisão. O texto que se segue procura fazer luz sobre estas questões, emergentes num percurso formativo que se constituiu também, ele próprio, como interpelação à nossa consciência crítica enquanto seres humanos e educadores. Um percurso que acordou em nós a imensa responsabilidade de, enquanto educadores, sermos capazes de mobilizar as consciências, – a nossa e a(s) do(s) outro(s) – para uma verdadeira acção transformadora. Educar para transformar. Eis, pois, o desafio.
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