Resumo: | O crescente reconhecimento da Avaliação Externa das Escolas como um mecanismo impulsionador da melhoria dos sistemas educativos traz à colação a importância nevrálgica das lideranças intermédias na implementação de dinâmicas curriculares conducentes a uma maior qualidade do ensino-aprendizagem. Esta comunicação apresenta os resultados parciais de um projeto de investigação, em que se visou perceber a relação que as lideranças intermédias estabelecem entre a avaliação externa das escolas e a melhoria das práticas curriculares, mediante a potenciação dos pontos fortes e inventariação de estratégias conducentes a reverter as fragilidades apontadas no relatório da IGEC ou, eventualmente, se se converteu em matéria arquival. A análise dos dados qualitativos, recolhidos através de entrevistas semiestruturadas a doze líderes intermédios de duas escolas que fizeram parte do projeto-piloto, intervencionadas no 1º e 2º ciclos da AEE, remete para uma dualidade de efeitos: numa escola a AEE induziu a reflexão sistemática do caminho que estão a fazer (autoavaliação) e do que querem ou podem construir (plano de melhoria) e, inversamente, na outra escola, o efeito situa-se ao nível exógeno do discurso, sem tradução mimética nas práticas curriculares.
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