Resumo: | O Decreto-Lei 79/2006, veio impor regras de eficiência dos sistemas de climatização de edifícios que permitem melhorar o desempenho energético e garantir uma boa qualidade do ar interior, estabelecendo, entre outros, requisitos de qualidade do ar através da adoção de concentrações máximas de referência para poluentes químicos e microbiológicos (bactérias e fungos) e obrigando à realização de auditorias periódicas à qualidade de ar interior (QAI) em edifícios. Face ao aumento significativo das auditorias à QAI surgiu a necessidade de harmonizar procedimentos de amostragem/análise e encontrar soluções para a obtenção de resultados comparáveis. A Unidade de Ar e Saúde Ocupacional (UASO) implementou os procedimentos necessários à acreditação dos ensaios de acordo com o referencial da norma ISO/IEC 17025, indicador inequívoco de competência técnica. Face à inexistência de programas de avaliação externa da qualidade (AEQ) disponíveis a UASO, em colaboração com o Programa Nacional de Avaliação Externa da Qualidade organizou o programa de AEQ – Microbiologia do Ar. O Programa consiste na avaliação do processo de amostragem de ar e análise laboratorial tendo em vista a quantificação de bactérias e fungos em suspensão no ar. São realizados dois ensaios por ano, com avaliação de 2 pontos de amostragem. Os participantes realizam colheitas de amostras de ar, em simultâneo, utilizando os seus amostradores de ar por impacto e placas de Petri contendo agar para isolamento de bactérias e fungos. As placas são posteriormente incubadas. O tratamento dos resultados inclui o cálculo do Índices de Desvio (ID) e o coeficiente de variação, o que permite a classificação dos resultados numa de quatro categorias: Excelente, Bom; Satisfatório e Insatisfatório de acordo com o seu ID. O presente trabalho pretende fazer uma avaliação crítica dos resultados obtidos ao longo de 4 anos de atividade do Programa de Avaliação Externa da Qualidade – Microbiologia do Ar.
|