Resumo: | Os protestos que ocorreram desde 2010 tiveram como eixo de mobilização a oposição às políticas de austeridade. Em Portugal, foi no campo sindical que se verificaram os primeiros sinais de mobilização mas a emergência de novos atores permitiu a sua ampliação social. Neste artigo, abordamos a greve geral de 14 de novembro de 2012 para, a partir do caso português, explorar a sua inserção nas políticas conflituais deste período, não só quanto à sua dimensão transnacional – nomeadamente no quadro da UE -, como à relação entre atores – em particular entre os sindicatos e os novos atores políticos. Enfrentando um programa político visando produzir mudanças profundas no regime social e de emprego, o movimento sindical encontrou desafios acrescidos ao usar o seu derradeiro instrumento de luta - a greve -, especialmente se considerarmos as suas bases de poder já bastante fragilizadas ainda antes deste ciclo de protesto.
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