Métodos de modificação dos glóbulos vermelhos para mimetizar efeitos da malária

A malária mata mais de um milhão de pessoas por ano e é uma das principais causas de morte em regiões subdesenvolvidas. Assim, o desenvolvimento de técnicas de diagnóstico rápidas, eficientes e competitivas é essencial. Este trabalho focou-se no estudo da deformabilidade dos glóbulos vermelhos (GVs)...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Vilas Boas, Liliana (author)
Outros Autores: Fernandes, Carla S. (author), Catarino, Susana O. (author)
Formato: conferenceObject
Idioma:por
Publicado em: 2020
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10198/21340
País:Portugal
Oai:oai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/21340
Descrição
Resumo:A malária mata mais de um milhão de pessoas por ano e é uma das principais causas de morte em regiões subdesenvolvidas. Assim, o desenvolvimento de técnicas de diagnóstico rápidas, eficientes e competitivas é essencial. Este trabalho focou-se no estudo da deformabilidade dos glóbulos vermelhos (GVs) como biomarcador de malária, visto que esta propriedade do sangue está diretamente relacionada com as alterações que o parasita provoca ao longo da evolução da doença. Sistemas microfluídicos com estreitamentos abruptos juntamente com técnicas de processamento de imagem permitem determinar parâmetros como a velocidade de escoamento e a deformabilidade dos GVs. Assim, utilizando microcanais poliméricos com estreitamentos de 6 µm a 10 µm, efetuou-se um estudo comparativo entre GVs saudáveis e GVs quimicamente modificados para aumentar a sua rigidez e mimetizar o comportamento do parasita da malária. Os resultados obtidos mostram que os GVs saudáveis se deformam naturalmente para atravessar estreitamentos e recuperam rapidamente a sua forma original após o estreitamento. Em contrapartida, nas amostras modificadas com maiores percentagens de químicos o mesmo não se verificou, ocorrendo várias oclusões. Conclui-se assim que o aumento da rigidez dos GVs provoca a diminuição da velocidade de escoamento, da deformabilidade e da capacidade de recuperação de forma das células. Este trabalho assume-se como um contributo para o desenvolvimento de novos sistemas de diagnóstico. Tendo em conta as microtecnologias existentes, será possível integrar, num chip, sensores, microeletrónica e plataformas microfluídicas, de forma a criar um método de diagnóstico simples, rápido, preciso e barato para deteção precoce da malária.