A práxia global e fina numa criança com espetro de autismo

As crianças com Perturbação do Espetro do Autismo (PEA) podem aprender a utilizar o seu corpo do mesmo modo que uma criança sem qualquer problema, apenas têm mais dificuldades em processar a informação e necessitam que os professores repitam comportamentos e estruturas. A dificuldade de socialização...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Mesquita, Helena (author)
Other Authors: Serrano, João (author), Honório, Samuel (author), Batista, Marco (author), Almeida, Diogo (author)
Format: conferenceObject
Language:por
Published: 2017
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.11/5593
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ipcb.pt:10400.11/5593
Description
Summary:As crianças com Perturbação do Espetro do Autismo (PEA) podem aprender a utilizar o seu corpo do mesmo modo que uma criança sem qualquer problema, apenas têm mais dificuldades em processar a informação e necessitam que os professores repitam comportamentos e estruturas. A dificuldade de socialização pode provocar um atraso no desenvolvimento psicomotor. Por sua vez, as atividades físicas são promotoras de uma boa saúde e bem-estar da criança com PEA e a sua motricidade pode vir a desenvolver-se de modo a conseguir uma envolvência com o corpo (consigo próprio) e com o espaço (meio envolvente). Objetivo: o presente trabalho centra-se na observação dos efeitos da atividade física adaptada nos fatores psicomotores Práxia Global e Práxia Fina de uma criança com espectro do autismo, a frequentar o jardim de Infância. Métodos: aplicou-se a bateria psicomotora (BPM) de Vítor da Fonseca, traçou-se o perfil psicomotor da criança e seguidamente extraíram-se os resultados relativos a estes dois fatores, por serem os mais fracos, e, concebeu-se e aplicou-se um plano de atividades físicas adaptadas. No final do programa voltou-se a aplicar a bateria psicomotora. Resultados: da análise á primeira aplicação da BPM os fatores com pior perfil foram os das Práxias, tanto Global (1,3 - Fraco) como Fina (1 - Fraco), em que os resultados revelam uma realização imperfeita, incompleta e descoordenada em quase todos os subfactores. O plano de atividades físicas adaptadas foi elaborado tendo em vista sobretudo estes fatores (não descurando os outros) com vista a melhorar o desempenho da criança fazendo-a evoluir nas suas competências psicomotoras ao nível das Práxias. O plano foi aplicado durante 7 meses, com 3 sessões por semana de 40 minutos. Por fim, voltou-se a aplicar a BPM, cujos resultados apresentam melhorias evidentes nos diferentes subfactores da Práxia Global obtendo assim um valor considerado bom, com realização controlada e adequada (3,2 - bom). Apesar da Práxia Fina continuar a apresentar melhorias pouco evidentes (1,4 - Fraco), um dos subfactores –Tamborilar – evoluiu bastante, mas mesmo assim é o fator psicomotor com mais dificuldades de realização para a criança. Conclusão: constatamos que o plano de atividades físicas adaptadas produziu efeito positivo no perfil das Práxias desta criança, uma vez que o seu perfil evoluiu mostrando em alguns subfactores um excelente índice de disponibilidade motora.