Summary: | Este artigo apresenta as experiências educativas advindas da interface entre as Políticas de Assistência Social e Educação, com objetivo de mitigar os impactos da pandemia de COVID-19 na educação de crianças e adolescentes das camadas populares. Teve como questão problematizadora as desigualdades no acesso as aulas remotas. O texto está organizado em três seções. A primeira que discute os principais entraves do ensino remoto na vida de crianças e adolescentes em situação de pobreza. A segunda aponta dados quantitativos que comprovam as desigualdades educacionais, e experiências empíricas que dão vida aos números. Por fim, a terceira apresenta as estratégias utilizadas para garantir o acesso à educação àqueles estudantes que não dispõem de acesso à internet, equipamentos adequados, ou suporte para a realização das tarefas escolares. Como percurso metodológico utilizamos as orientações de Holliday (2006, 2018) sobre sistematização de experiências. As conclusões apontam para ineficiência das políticas públicas brasileiras no que se refere à proteção e garantia dos direitos a educação. O detalhamento da experiência destacou a potência do trabalho interstorial, que somente foi possível pela mobilização das famílias e estudantes na luta por seus direitos.
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