Resumo: | Neste texto, propõe-se uma breve reflexão acerca do valor patrimonial de edifícios hospitalares planeados na década final do Estado Novo (1933-1974), no contexto da implementação da rede hospitalar com construção a cargo da Comissão de Construções Hospitalares (posteriormente, Direção-Geral das Construções Hospitalares), do Ministério das Obras Públicas, e da reorganização dos serviços de saúde e assistência no país. Através da abordagem de dois casos concretos, concebidos pelo arquiteto Raúl Chorão Ramalho (1914-2002) – o Hospital José Joaquim Fernandes (1970/1976-1981), em Beja, e o Hospital de Santa Luzia (1984), em Viana do Castelo –, equaciona-se a preservação e a valorização destes equipamentos, em uso continuado e quotidiano desde a sua inauguração, cuja dimensão patrimonial é acrescida pelas obras artísticas que integram.
|