Summary: | A expansão portuguesa para fora da Europa, ocorrida nos séculos XV, XVI e XVII, conduziu milhares de habitantes do reino para os arquipélagos atlânticos, África, Ásia e América, inclusivamente para os territórios tutelados pela Coroa de Castela como as Canárias e as Índias de Castela. Tendo em conta este cenário, a presente dissertação trata a emigração para os territórios ultramarinos no período compreendido entre 1560 e 1651. Recorrendo à documentação notarial e paroquial de Vila do Conde, procuramos conhecer aqueles que partiam, traçando-lhes o perfil etário, socioprofissional e familiar e apurar quais as razões que os conduziam à emigração através do estudo das conjunturas locais e globais, de índole política, social, económica e religiosa, que influenciaram a escolha do destino de fixação, tal como a altura de partida. Como resultados desta investigação veremos que as oportunidades económicas dos diferentes territórios em torno do globo representavam um fator importante na atração dos emigrantes. Serão ainda discutidos alguns conceitos como o de redes informais, formadas por estes emigrantes e o de diáspora que, cremos, não se enquadra na realidade aqui abordada.
|