Produção, recepção e circulação do ‘novo’: um olhar sociológico sobre a invenção independente

A abordagem do campo da invenção independente é aqui orientada a partir de noções como inovação, desenvolvimento técnico e circulação e recepção do ‘novo’. Partindo de uma perspectiva geo-sociológica da invenção, destacamos os factores favoráveis à emergência desta e dos modelos de desenvolvimento t...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Leite, Carolina (author)
Outros Autores: Mota-Ribeiro, Silvana (author)
Formato: article
Idioma:por
Publicado em: 2004
Assuntos:
Texto completo:https://doi.org/10.17231/comsoc.6(2004).1236
País:Portugal
Oai:oai:journals.uminho.pt:article/1027
Descrição
Resumo:A abordagem do campo da invenção independente é aqui orientada a partir de noções como inovação, desenvolvimento técnico e circulação e recepção do ‘novo’. Partindo de uma perspectiva geo-sociológica da invenção, destacamos os factores favoráveis à emergência desta e dos modelos de desenvolvimento técnico-económicos que caracterizaram diferentes sociedades nos diferentes continentes, desde que há notícia de grupos sedentarizados. A recepção social da invenção e, em geral, do ‘novo’ tem suscitado diferentes respostas, da resistência à indiferença, passando pela sacralização.Na actualidade, os inventores independentes constituem uma franja minoritária da produção técnico-científica, assistindo-se a uma progressiva institucionalização do processo inventivo. Assim, interrogamos as razões que levam os inventores a perseverar numa actividade que se desenvolve à margem de qualquer vínculo institucional. Tal desvinculação reflecte-se no discurso dos entrevistados que salientam a desvalorização social de que são alvo. Esta persistência leva-nos a interrogar os factores avançados pelos próprios como potenciadores do gosto pela invenção.