Summary: | O desenvolvimento económico mundial tem vindo a caracterizar-se pela utilização intensa de energia, e como resultado disso, a dependência energética dos países acentuou-se bastante. Contudo, só no final do século XX, é que o Mundo começou a ter a real perceção dos impactos ambientais, económicos e sociais, resultantes da utilização e dependência de energia. Em detrimento destes fatores, a União Europeia implementou um conjunto de políticas energéticas, tendo como objetivo reduzir a dependência dos combustíveis fósseis e diminuir as emissões de carbono para a atmosfera. Neste contexto, a eficiência energética assumiu-se como um instrumento fundamental para minimizar os impactos, sendo transposta para os edifícios a construir e a reabilitar, quer se trate de edifícios de habitação ou de serviços. Refira-se que nos últimos anos, o setor da construção teve de apostar na reabilitação dos edifícios, face ao estado de degradação do parque edificado, contribuindo deste modo, para a preservação de uma herança cultural, assim como para um futuro mais sustentável. Neste seguimento, o estudo que se realizou insere-se no âmbito do Regulamento de Desempenho Energético dos Edifícios de Comércio e Serviços (RECS), e compreende a reabilitação de um edifício de escritórios, o qual se enquadra nos Pequenos Edifícios de Comércio e Serviços (PES). A partir da simulação horária monozona, método de cálculo que permite a verificação do RECS e por conseguinte, a avaliação do desempenho energético do edifício, foi avaliado o impacto nos consumos anuais de energia final, na fatura anual e na classe energética dos vários elementos constituintes do edifício. O estudo consistiu numa avaliação individual, com o objetivo de se perceber qual o peso/importância que é atribuída a cada componente do edifício sendo que, posteriormente, foi realizada uma avaliação de desempenho global do edifício. De notar que este estudo de impacto permitiu obter soluções otimizadas em termos energéticos, assim como perceber em que componentes deve recair, maioritariamente, o investimento, e, finalmente, compreender de que modo esta folha de cálculo está preparada para tratar os edifícios com necessidades quase nulas de energia, uma vez que é o caminho a percorrer.
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