Envelhecer em zonas rurais isoladas : Avalia??o gerontol?gica multidimencional no munic?pio de Amares

Contexto e objetivo. As altera??es demogr?ficas do ?ltimo s?culo, que se traduziram na modifica??o e invers?o das pir?mides et?rias, refletindo o envelhecimento da popula??o (Goldstein, 2009), vieram colocar aos governos e ? sociedade em geral, novos desafios. ? escala global observa-se que apenas u...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: S?, Cristiana Maria Oliveira de (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2017
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/20.500.11960/1794
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ipvc.pt:20.500.11960/1794
Description
Summary:Contexto e objetivo. As altera??es demogr?ficas do ?ltimo s?culo, que se traduziram na modifica??o e invers?o das pir?mides et?rias, refletindo o envelhecimento da popula??o (Goldstein, 2009), vieram colocar aos governos e ? sociedade em geral, novos desafios. ? escala global observa-se que apenas uma percentagem reduzida da popula??o ? institucionalizada na fase final do ciclo de vida (Paul, 2012), sendo que a maior parte das pessoas deseja envelhecer na sua pr?prio lugar ? ?aging in place? (Pa?l, 2005). O processo de envelhecimento humano pode ser analisado a partir de m?ltiplas perspetivas, em termos coletivos ou individuais, ou ainda comparando a terceira com a quarta idade (Baltes, 1997; Baltes & Smith, 2003). Atualmente, observa-se uma tend?ncia para uma vis?o positiva do envelhecimento humano, que se concretiza nas ideias de envelhecimento bem-sucedido e ativo (Fernandes-Ballesteros, 2009). O aumento da popula??o idosa, a escala ? mundial, em particular nos pa?ses ditos desenvolvidos, faz com que na atualidade as Politicas Sociais sejam, pelo menos em parte, orientadas para a qualidade de vida e bem-estar das pessoas mais velhas (Walker, 2005, 2009). Neste contexto o presente estudo visa avaliar capacidades e necessidades de pessoas com 65+ anos a viver s? em zonas rurais geograficamente isoladas. M?todo. Os 38 participantes do presente estudo, foram selecionados a partir dos Censo de 2011. Vivem sozinhos ou em alojamentos familiares com pessoas de 65+ anos, em quatro das freguesias rurais, geograficamente isoladas, do concelho de Amares. Em rela??o ?s caracter?sticas socio-demogr?ficas, 60,5% s?o do sexo feminino; a m?dia de idade ? de 75,11 anos (DP= 6,88); o grau de escolaridade ? reduzido, (65,8%) e s?o predominantemente vi?vos, (44,7%). O acesso ? amostra fez-se a partir de stakholders comunit?rios. A recolha de dados foi efetuada com base no Protocolo de Avalia??o de Capacidades e Necessidades Comunit?rias associadas ao Envelhecimento da Popula??o (ANCEP_GeroSOC_R.2013; Bastos, Faria, Moreira & Melo de Carvalho, 2013). Resultados. Em termos de funcionalidade para as atividades da vida di?ria observa-se que a maior parte dos participantes ? independente (60,5%) nas atividades b?sicas da vida di?ria (ABVD) e moderadamente dependentes (60,5%) nas atividades instrumentais da vida di?ria (AIVD). Relativamente ao funcionamento cognitivo (MMSE) a maior parte dos participantes n?o apresenta d?fice cognitivo (86,8%). Em termos das redes sociais (LSNS-6) observa-se que 28,9% dos participantes apresenta maior risco de isolamento social. Quanto ? satisfa??o com a vida, os participantes obt?m valores m?dios elevados (M=23,2; DP=6,83). Comparadas as v?rias dimens?es do envelhecimento (funcionalidade, cogni??o e aspetos socio emocionais) em fun??o de viver s? ou com pessoas idosas, observam-se diferen?as significativas na satisfa??o com a vida (p=0,03) sendo que, quem vive s? apresenta valores superiores. Igualmente se observa que existe uma associa??o positiva significativa entre satisfa??o com a vida, rede social (p<0,01) e cogni??o (p<0,05), assim como uma associa??o negativa destas dimens?es com a sintomatologia depressiva (p<0,01). Conclus?o. Considerando a avalia??o gerontol?gica multidimensional com pessoas com 65+ anos a viver s? ou com pessoas mais velhas, a diferen?a entre estes dois grupos observa-se na satisfa??o com a vida. Este ? um dos aspetos a considerar na interven??o gerontol?gica a n?vel local. Em termos de investiga??o futura recomenda-se aprofundar os aspetos socio-emocionais do viver a n?vel urbano.