Resumo: | A Rede Nacional de Teatros e Cineteatros e a Rede Municipal de Espaços Culturais foram lançadas em 1999 por iniciativa governamental, no âmbito das políticas de descentralização e democratização cultural que caracterizaram os programas para a cultura no final do século XX em Portugal. Esta dissertação pretende ser uma reflexão sobre a evolução das políticas culturais que favoreceram o desenvolvimento destas redes de equipamentos e as suas respetivas forças e limitações. Considerando o que é ou deve ser um teatro ou cineteatro municipal, esta análise procura identificar os desequilíbrios entre o pesado investimento na construção de infraestruturas e a dificuldade em estabelecer linhas orientadoras e condições logísticas e orçamentais para a gestão e programação destes equipamentos, não esquecendo as carências significativas nesta matéria até aos 1980 e tendo também em conta o impacto da recente conjuntura de crise económico-financeira no país. Olhando com especial atenção para as questões relacionadas com a programação, esta reflexão analisa ainda o surgimento de programas e redes de programação complementares à atividade dos equipamentos.
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