Resumo: | A sociedade portuguesa, na transição do século, confrontava-se com dinâmicas migratórias que, não sendo novas, apresentavam peculiaridades, nomeadamente a coincidência de entradas e saídas, bem como novos imigrantes provenientes de países do leste europeu. Em face das teorias então disponíveis, a socióloga Maria Ioannis Baganha apresentava uma proposta teórica pioneira, em que Portugal se constitui como uma “placa giratória” que recebe imigrantes e redistribui emigrantes, em função da sua condição semiperiférica e dos processos de globalização. Dialogando com essa proposta, este texto pretende analisar dois movimentos migratórios específicos, profissionais de saúde e desportistas profissionais, que, na atualidade, entram e saem de Portugal, argumentando sobre a perenidade, ou não, da proposta original, de Baganha.
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