Gestão e liderança no mundo empresarial: promoção da igualdade de género e/ou resistência à mudança

Esta dissertação integra um estudo qualitativo e exploratório e pretendeu, em geral, perceber se existe controvérsia em torno da implementação da Lei nº 62/2017. Especificamente, pretendeu explorar: as barreiras ou obstáculos que as mulheres encontram para aceder a um cargo de topo; as opiniões sobr...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Costa, Adriana Afonso (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2020
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10071/20169
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/20169
Descrição
Resumo:Esta dissertação integra um estudo qualitativo e exploratório e pretendeu, em geral, perceber se existe controvérsia em torno da implementação da Lei nº 62/2017. Especificamente, pretendeu explorar: as barreiras ou obstáculos que as mulheres encontram para aceder a um cargo de topo; as opiniões sobre medidas de ação positiva e a lei supracitada; e, ainda, os fatores que facilitam ou dificultam a implementação desta lei nas empresas cotadas em bolsa. Para responder aos objetivos, foi realizada uma investigação teórica e empírica com indivíduos a exercer a sua atividade em três empresas cotadas em bolsa onde esta lei se aplica. Foram, concretamente, realizadas oito entrevistas semiestruturadas a seis mulheres e a dois homens a exercerem cargos de gestão intermédia e de topo nestas empresas. Os resultados, obtidos através do programa informático NVivo 12 e da metodologia da análise temática (Braun & Clarke 2006), permitiram perceber que são ainda várias as barreiras que as mulheres encontram para ascender na carreira e exercer funções nos quadros de administração e de fiscalização. A opinião dos/as entrevistados/as face à Lei nº 62/2017 revelou-se polarizada e quanto à sua implementação, os/as entrevistados/as manifestaram um total desconhecimento. Foi possível perceber que a lei será mais fácil de implementar em empresas que atuem em setores marcadamente femininos e que será dificultada por fatores como contextos marcadamente masculinos, sanções demasiado “leves” para as empresas cotadas em bolsa e por estas empresas não terem o bom exemplo das entidades do setor empresarial do Estado.