Estudo preliminar aos níveis de eliminação em ovinos das raças merina branca e merina preta por estrongilídeos gastrointestinais .

As raças Merina Branca e Merina Preta apresentam um potencial de produção de carne assinalável, aliado a características de rusticidade, longevidade e resistência a doenças. Animais explorados em regimes extensivos, muitas vezes associados ao ecossistema montado, poderão ter um papel importante no â...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Veronesa, J. (author)
Other Authors: Bettencourt, CMV (author), Pinheiro, C. (author), Castro, J.L. (author), Padre, L. N. (author)
Format: lecture
Language:por
Published: 2014
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10174/10628
Country:Portugal
Oai:oai:dspace.uevora.pt:10174/10628
Description
Summary:As raças Merina Branca e Merina Preta apresentam um potencial de produção de carne assinalável, aliado a características de rusticidade, longevidade e resistência a doenças. Animais explorados em regimes extensivos, muitas vezes associados ao ecossistema montado, poderão ter um papel importante no âmbito dos novos modos de produção sustentada (Programa de conservação / Melhoramento Genético, 2007). As estrongiloses nos ovinos são responsáveis por importantes perdas económicas ao nível dos sistemas de produção. Estas perdas reflectem as alterações dos índices produtivos e reprodutivos, assim como no bem-estar e saúde animal. No controlo das estrongiloses gastrointestinais é necessário uma abordagem integrada que contribua para uma produção animal sustentável. Foi objectivo avaliar os níveis de eliminação de ovos/g de EGI (OPG) em ovinos das raças Merina Branca e Merina Preta e determinar a abundancia proporcional média dos diferentes géneros presentes. Procedeu-se à colheita de amostras coprológicas individuais directamente da ampola rectal a 40 fêmeas jovens e a 40 fêmeas adultas. Foram determinados os níveis de eliminação de OPG através da técnica modificada de Mackmaster (Hammond & Sewel, 1978). A abundancia proporcional média foi calculada após estudo morfométrico das L3 obtidas em coprocultura. No tratamento dos dados recorreu-se à análise de variância e análise descritiva. Nos níveis de eliminação de OPG verificaram-se diferenças significativas entre raças. Nas fêmeas jovens os valores obtidos revelaram uma diferença altamente significativa (p <0,01) entre as raças. Nas fêmeas adultas as diferenças verificadas foram apenas significativas (p <0,05). Após obtenção das L3 em coprocultura, foram identificados 3 géneros de EGI: Trichostrongylus sp.; Teledorsagia sp. e Oesophagostomum sp.. Na determinação da abundancia proporcional média dos géneros presentes, observou-se que a Teledorsagia sp. foi o género mais abundante nas fêmeas jovens enquanto que, Trichostriongylus sp. revelou-se como o mais abundante nas fêmeas adultas. Os resultados obtidos parecem expressar uma diferente capacidade de resistência à infecção por EGI nas duas raças. Sendo a resistência aos EGI um processo multifactorial, deverão ter-se em consideração factores não abordados neste estudo.